Stranger Things Version
Wicked Academy

Piscina Coberta


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The Anarchist

Mensagem por The Anarchist Qui Jun 04, 2015 9:03 pm

The Anarchist
Mensagens : 199

Data de inscrição : 15/03/2015

Staff

Piscina Coberta
A piscina do instituto fica atrás do prédio principal, dentro de uma construção separada de tijolos, com o teto de vidro para melhor aproveitar a claridade natural e economizar o máximo de energia. Por ser um local coberto, é possível realizar treinos em qualquer época do ano, faça chuva ou faça sol. O espaço é ocupado, além da piscina de fato, olímpica com cinco faixas para competições e aquecida quando necessário, por uma arquibancada lateral, um banheiro para a platéia, dois vestiários no modelo padrão e um depósito de materiais variados - "espaguetes", pranchas de natação, entre outros.





Última edição por Mean Girl em Dom Jan 31, 2016 7:23 pm, editado 1 vez(es)

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Andrew H. Sibley

Mensagem por Andrew H. Sibley Seg Jul 06, 2015 6:00 pm

Andrew H. Sibley
Mensagens : 87

Data de inscrição : 22/06/2015


Pleasure to meet you
nice meet you
O local era belo, eu tinha de admitir. Era interminavelmente grande, tinha muitas quadras, muitas salas e corredores, a impressão que dava era que todo aquele castelo nunca iria ter um fim e que eu precisaria andar com um mapa em mãos para não me perder, o que acontecia vez ou outra, me rendendo momentos vergonhosos onde eu tinha de pedir informações. Mas, definitivamente, foi a SMS no meu celular hoje de manhã. Eu havia piorado nos últimos meses, principalmente quando acordei dentro de um supermercado totalmente destruído, vandalizado e pichado, com a polícia do lado de fora adentrando ali com armas em punho. Tive de explicar, um milhão de vezes, que eu não era um vândalo, e sim... um louco, o que para mim era cem vezes pior e mais esquisito. Eu perdia a noção do tempo; eu acordava pela manhã, de repente era de noite, e eu estava com uma roupa nova e diferente. Talvez minha maior surpresa foi acordar sem roupas com um belo senhor de cinquenta e cinco anos com um físico invejável abraçando-me, chamando-me de "bebê". Ou quando acordei com cinco garotas e eu estando em Miami, longe de casa. Os psiquiatras alegavam ser um problema de personalidade, não era muito difícil de identificar as outras duas "pessoas" que viviam em mim, as duas tinham em comum o estranho gosto por destruir minha vida lentamente. Meus amigos se separaram de mim aos poucos, fui internado, mas tudo resultou em dias de "inconsciência", onde Jim ou Nathan assumia total controle de meu corpo e mente.

Agora eu esperava por ela, minha irmã. Eu estava bem vestido, como sempre, mas sem exageros, e estava perto da beirada da piscina com as pernas cruzadas numa posição de lótus. Eu havia praticado ioga antes, tinha bastante elasticidade, já fui animador de torcida na minha antiga escola, por isso já estava a uns quinze minutos nesta posição, apenas observando a forma como a água movia-se, em seu ritmo de agitar-se pelo vento, ou então ir e vir, agradavelmente, indomável, uma força indômita da natureza, mesmo ali naquele pequeno espaço, ainda sim emanava energia e força, além de sutileza e beleza. Suspirei, observando a mensagem.

"Olá, filho, faz um bom tempo, não é? Bem, é difícil explicar-lhe mas... um tempo atrás eu tive um relacionamento, na mesma época em que sua mãe estava grávida de você. Eu e sua mãe brigamos, foi intenso, num sentido ruim, e acabei pecando. Peço desculpas não só para sua mãe, mas para você, pois ambos não mereciam tal ato. Você possui uma irmã, fruto de um relacionamento meu, e ela chama-se Maya Grant, espero que possam se dar bem, ela estuda na mesma academia que você e por coincidência vocês fazem parte até mesmo da mesma base, os Nórdicos. Com amor, papai. Melhoras."

Engoli em seco, em seguida vendo minha mensagem para minha irmã. Como eu começaria a escrever para ela? Ah, sim, ele abaixo da mensagem havia mandado o contato dela, para eu contatá-la, assim como ele havia feito com ela - mas logicamente a mensagem foi diferente - e então pensei no que dizer. "Oi, mana, sou eu, seu mano"? Não, muito íntimo. Como ela seria? Nosso pai era moreno de olhos azuis, ela deveria ser morena, ou então com cabelos escuros ou olhos verdes, como os meus, talvez similares aos da sua mãe. Por fim, tomei coragem.

"Olá, sou Andrew, eu estou neste exato momento na piscina coberta, no exterior da academia, e esperava podermos conversarmos pessoalmente, sem interrupções ou uma 'plateia', bem, estou esperando-a."

Apertei o "enviar" engolindo em seco, suspirando, olhando o céu escuro acima de mim pelo teto envidraçado, sentindo os olhos arderem. Pensei em todos os meus problemas; eles poderiam afetar como minha irmã? Ou meia-irmã? Isso soaria pejorativo, pelo menos do meu ponto de vista, então chamaria-a de irmã, sim, apenas irmã. Eu não saberia por onde começar, se ela tivesse a "delicadeza" tão típica minha provavelmente ficaríamos nos encarando até o fim dos tempos. Tentei relaxar, tomando uma longa respiração profunda, por fim soltando o ar guardado nos pulmões, mexendo a ponta dos dedões dos pés na tentativa de não ficar com cãibra. Fechei os olhos, apenas atento ao som da água da piscina, à sua espera.


I'm with Maya B. Grant, aka Sister Bitch, and i'm wearing this clothes, and i'm listening this song. I'm Andrew.

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Mackenzie W. Bortolloni

Mensagem por Mackenzie W. Bortolloni Seg Jul 06, 2015 7:43 pm

Mackenzie W. Bortolloni
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Data de inscrição : 22/06/2015

Nordic
Am I Invisible?

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Family DON'T come first...
Hello Daddy. Hello Mom. Ch-Ch-Ch-Ch-Cherry Bomb. Eu dançava ao som de The Runaways descalça sobre meu carpete. Usava moletom e o cabelo estava preso em um coque mal feito. Com o celular em uma mão e um Headset que cobria metade da minha cabeça, eu pulava no curto espaço do meu quarto que não estava ocupado por coisas lindamente azuis. Ao final da música, joguei-me em minha cama, ficando com a cabeça pendurada na beirada, ajudava a me concentrar. Depois de horas, pela primeira vez tive vontade de ler a mensagem que meu suposto pai me enviara no início da tarde.

"Olá, docinho. Provavelmente já ouviu falar de mim. Sou seu pai. Recentemente fiquei sabendo do que ouve com sua mãe e realmente sinto muito. As coisas não correram muito bem no passado, quando ela ficou grávida de você, a abandonei e não me orgulho nem um pouco disso. Me sinto covarde dizendo isso, mas não conseguiria olhar pra você depois de tudo, então resolvi encaminhar tal mensagem de texto para te dizer algo importante. Você tem um irmão. Sua mãe era apenas um caso fora do casamento e acabou engravidando quando minha esposa já estava grávida. Por coincidência ou destino, os meus dois filhos foram mandados para o mesmo instituto e escolheram a mesma ordem a seguir. Espero que se conheçam e se gostem, você merece ter alguém da família.
-Christian"


Meus olhos se reviraram automaticamente assim que terminara de ler aquele tanto de bobagens. Um meio irmão? Preferiria nunca nem ter descoberto o nome do homem que me fez. Eu nunca tive pai e não teria agora. Joguei o celular em cima da escrivaninha e ele escorregou até a beirada, a um fio da queda fatal. Assim que aconcheguei a cabeça no travesseiro, pude ouvir um vibrar e logo em seguida um leve estrondo. Virei a cabeça com apenas um olho aberto, um arrepio logo subiu pela minha coluna. Maldição. Levantei-me devagar e peguei meu precioso celular com cuidado. Felizmente, os danos eram mínimos, apenas um pequeno trincado na parte inferior da película de vidro. Suspiros. Novamente deitada na cama, resolvi não judiar mais do meu bebê e abri a mensagem:

"Olá, sou Andrew, eu estou neste exato momento na piscina coberta, no exterior da academia, e esperava podermos conversarmos pessoalmente, sem interrupções ou uma 'plateia', bem, estou esperando-a."

Quem diabos era Andrew? Ah, o irmão. Que coincidência. Olhei para as horas, ainda era cedo. Logo olhei para minhas roupas, cogitando as possibilidades. - Ahhh ta. - Em seguida, apenas uma maldita sequência de atos rotineiros: Levantar. Tirar a roupa. Tomar um banho rápido. Vestir. Soltar o Cabelo. Vestido e bota de cano curto, perfeito. Pequei meu celular e um suéter, digitando enquanto saía do meu paraíso azul.

"Indo"

Chegara no instituto há alguns dias, porém nunca tinha ido à essa tal piscina, não me interessava tampouco. Felizmente, eu sabia como chegar mesmo assim. A noite era bela se você imaginasse o céu e a lua, então andei devagar, afinal não queria chegar ao meu destino mesmo. Depois, não teria mais volta e eu sabia disso tão bem quanto qualquer um.

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Andrew H. Sibley

Mensagem por Andrew H. Sibley Seg Jul 06, 2015 9:59 pm

Andrew H. Sibley
Mensagens : 87

Data de inscrição : 22/06/2015


Pleasure to meet you
nice meet you
Ainda apreciando as ondulações da água cristalina da piscina, eu fitava-a entediado. O tempo passava desde que a mensagem fora enviada, ela parecia não estar disposta a vir, pelo o que parecia, então descruzei minhas pernas ficando de pé, movendo os dedos dos pés e espreguiçando-me elevando as mãos unidas ao alto no intuito de relaxar um pouco mais e evitar as cãibras. Tudo foi muito rápido, quando menos esperei me virei e dei de cara com uma garota. Arregalei os olhos no susto, mas não gritei - eu raramente gritava quando assustava-me - e nem arregalei os olhos, apenas foquei o olhar nela. Estava bem vestida, ocasionalmente, sem exageros. Um sorriso nervoso escapou de meus lábios, engoli em seco unindo os dedos para trás de meu corpo, fitando-a. Ela era ruiva, com olhos verdes parecidos com os meus. Tínhamos certa semelhança com o nariz ou era impressão minha? Quase não notei o tempo passando até me dar conta de que o silêncio estava desconfortável demais. Suspirei, aproximando-me e erguendo a mão direita em sinal de paz.

- Prazer, Andrew Grant... é bom vê-la pessoalmente, soube de você só hoje... - não soube o que dizer, ou não queria falar mais nada? Eu não sabia compreender meus sentimentos agora. Ela era bela, ruiva e foi uma grande surpresa para mim ter uma ruiva na família. Ela não me parecia antipática, mas também não estava exatamente radiante, mas no lugar dela eu com certeza portaria da mesma maneira. - Então... qual sua idade? - questionei-lhe, puxando assunto, na esperança de que o encontro fosse breve e esquisito.





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Mackenzie W. Bortolloni

Mensagem por Mackenzie W. Bortolloni Qui Jul 09, 2015 1:05 am

Mackenzie W. Bortolloni
Mensagens : 98

Data de inscrição : 22/06/2015

Nordic
Am I Invisible?

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Family DON'T come first...
Eu o observei de longe por dois ou três meros minutos que pareceram uma eternidade de angústia. Como começar. O que dizer. Dúvidas que não iriam embora facilmente. Vozes em minha mente diziam-me para ir em frente, para cumprimenta-lo. Vozes essas que não se calariam facilmente. Dei alguns passos na direção do rapaz e abri a boca para dizer algo, mesmo que fosse algo estúpido. Foi então que ele se levantou e virou na minha direção. Olhos verdes e nariz achatado. A primeira impressão que tive do meu suposto irmão foi que ele se parecia comigo e então imaginei como seria o pai dele, aquele que me dera a vida. Dei um passo para trás logo que Andrew virou-se e se apresentou.  - O-Oi. Sou Maya Gr... - Uma risadinha escapou. - Maya Grant. - Dei de ombros, lembrando da mensagem ridícula de Christian. - Idem...

Por um momento, peguei-me olhando para o leve balançar da água que jazia na piscina. A brisa calma balançando calmamente os fios da minha franja comprida. - Que tal nos sentarmos um pouco? Creio que tenho muita coisa a saber sobre o meu irmão... - Sem esperar por uma resposta, tirei minha botas, deixando-as ao meu lado e sentei-me na beirada da piscina, balançando os pés dentro d'água. Estava fria, felizmente, o que me acalmou um pouco. Então esperei que ele falasse primeiro.

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Andrew H. Sibley

Mensagem por Andrew H. Sibley Qui Jul 09, 2015 6:07 pm

Andrew H. Sibley
Mensagens : 87

Data de inscrição : 22/06/2015


Pleasure to meet you
nice meet you
Tínhamos características similares, como um espelho refletido, mudando apenas a aparência física. Ela pareceu primeiramente hesitar em falar seu sobrenome, era tudo muito estranho, muito confuso, mas eu tinha certeza de que tiraríamos todas as nossas dúvidas hoje, com uma longa e engraçada conversa. Assim eu esperava. Ela retirou as botas logo experimentando tocar a água provavelmente fria com os pés, e retirando os sapatos repeti o gesto, me sentando ao seu lado direito, pondo a ponta do pé esquerdo na água, verificando a temperatura. Estava agradável, eu podia mergulhar, talvez, se eu não fosse tímido demais. Suspirei, assumindo uma pose ereta a fim de espantar uma possível dor nas costas na aula dos animadores de torcida. Mergulhei meus pés na límpida água fria e suspirei iniciando uma conversa agradável com minha meia-irmã.

Tínhamos muitas diferenças, logicamente. Enquanto conversávamos, estava mais do que claro que eu e ela infelizmente não iríamos ser irmãos eternamente unidos, ambos tínhamos mágoas demais de nosso pai, ele havia feito uma enorme sacanagem com nossas mães, iludindo-as, engravidando-as ao mesmo tempo, e parecia que essa briga havia sido refletida em nós, apesar de não haver discussões entre eu e minha meia-irmã. Depois de alguns poucos minutos, me pus de pé, segurando meus sapatos com uma mão e olhando-a com um sorriso simpático no rosto.

- Foi bom conhecê-la, Maya, nos vemos por aí... - assenti para ela formalmente, saindo dali.

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Turno Encerrado

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Pietro Bertolazzo

Mensagem por Pietro Bertolazzo Dom Jul 19, 2015 3:41 pm

Pietro Bertolazzo
Mensagens : 80

Data de inscrição : 11/07/2015

Special Someone
Não bastasse andar por aí com o meu braço direito enfaixado e dolorido, eu ainda tinha que aturar alguma garota rejeitada raivosa fazendo uma imitação barata de Gossip Girl... e quem era a sua Serena? Isso mesmo, o tal Pietro Bertolazzo. Ela afirmava que sabia da vida de todos do colégio, mas é óbvio que essa Garota do Blog pirata só tinha a intenção de difamar a minha vida. Não posso dizer que eu não ligava para aquilo, afinal; ela espalhou boatos a meu respeito que fazem com que muitos me olhem como se eu fosse um cafajeste (ou um cafageste, segundo a Mean Girl, que além de desocupada, é analfabeta).

Eu passei a evitar a companhia dos meus amigos, para que o nome deles não fosse parar no tal Blog, apesar de eu não ter conseguido salvar a reputação de um dos meus poucos amigos da fraternidade rival. Restavam poucos que a Miss Bloomwood ainda não havia descoberto. Já que eu não podia participar das aulas com o braço quebrado, eu fiquei a maior parte do tempo no meu quarto, lendo o que vadia postava e às vezes era algo tão absurdo que eu acabava dando risada comigo mesmo. Gostaria de agradecê-la por ser uma ótima distração.

Em uma manhã ensolarada, decidi sair do meu quarto e ir para algum lugar pouco frequentado: a piscina. Não ficava muito longe do prédio da Weston e eu não corria o risco de prejudicar ninguém apenas caminhando para lá. Sentei-me na arquibancada mais alta e fiquei olhando a brisa fraca movimentar a água. Fiquei perdido em meus pensamentos, me despertando apenas para reclamar das pontadas em meu braço.

Enquanto eu estava ali, pensativo, não notei que alguém se aproximava de mim. Ela parecia ser a única pessoa que não se importava com a Mean Girl. Era ela que vinha correndo pedir que eu abrisse a porta do meu quarto todos os dias, para poder me contar tudo o que tinha acontecido enquanto eu estava desligado do mundo. Me forçava a comer quando eu não estava com fome e me consolava quando eu tinha vontade de chorar, tanto pela dor física quanto pela psicológica. Essa garota era minha única e melhor amiga, a garota mais bonita de toda a Academia... e seu nome era Hillary.

Ela colocou a mão em meu ombro saudável e eu me assustei, mas logo sorri ao ver que era alguém confiável.

-Oi, Miss Schartter. - Cumprimentei - Não tem aulas hoje?  

#mytruelove | #hillary | #fuckyoumeangirl ©


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Hillary W. Schartter

Mensagem por Hillary W. Schartter Dom Jul 19, 2015 4:55 pm

Hillary W. Schartter
Mensagens : 9

Data de inscrição : 17/07/2015




Where are u now?


Where are you now that I need ya?
“Meu amor,

Essa é mais uma das cartas que escrevo para você, na esperança de que algum dia eu te encontre e te entregue esta e todas as outras para que tenha conhecimento de meu amor.

Ando cansada, sozinha, as pessoas aqui se importam mais com a vida dos outros do que com as suas próprias vidas. Preocupam-se demais com futilidades, todos são hipócritas. Perdem seus tempos trancados em seus quartos em frente às telas de computadores, tablets e celulares esperando mais uma postagem naquele maldito blog. Um blog criado por uma garota que diz estar morta, mas que para mim não passa de uma tremenda farsa.

Em meio a toda essa academia, somente encontrei uma pessoa diferente das outras. Um garoto. Ele é bem bonito, na verdade, acho que o mais bonito de toda a academia. O nome dele é Pietro Bertolazzo, também conhecido como a vítima mais influente da Mean Girl, a garota fantasma.

Não tenha ciúmes, amor. Você sabe que sou unicamente sua e que isso não irá mudar, porém, estou cansada de aguardar por você. Quero que apareça de uma vez para podermos viver juntos.


Com amor, Hillary Woodley Schartter.”

A jovem ruiva largou a caneta cor de rosa sobre a mesinha e dobrou delicadamente a mais nova carta, afim de guardá-la em seu precioso baú. Assim que o fez, Hillary decidiu caminhar um pouco para observar a movimentação da academia. Calçou seus sapatinhos de boneca e vestiu seu casaquinho de lã para cobrir as finas alças de seu vestido.
Os corredores eram silenciosos e o único barulho que escutava era do vento pressionando as janelas. Era duro admitir, mas depois que soubera sobre a lenda de MB sentia medo de caminhar sozinha pelo colégio.
Estava distraída com seus próprios passos quando fora surpreendida por um barulho de algo caindo e se despedaçando pelo chão. Imediatamente, seu coração disparou e a respiração pareceu falhar. Sua única reação fora correr e sair o mais rápido possível dali.
Se viu correndo sem rumo por aqueles corredores até entrar em um ambiente jamais visto. Ali estavam uma piscina olímpica, arquibancadas vastas e um garoto solitário. Seus olhos imediatamente descobriram quem seria aquele, e seus lábios abriram-se em um sorriso sincero e bobo.
A menina fora na direção do rapaz e sem ser percebida tocou em seu ombro, encarando seus cabelos castanhos e sorrindo de forma continua até escutar a voz alheia.
- Olá, Bertolazzo. – Disse, imitando a voz dele e dando uma risada ao final. – Não, graças a Deus. – Revirou os olhos, suspirando aliviada. – E o senhor?  O que faz aqui há esta hora e sozinho? – Perguntou curiosa, sentando-se ao lado do menino de forma um pouco próxima.

(c)

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Pietro Bertolazzo

Mensagem por Pietro Bertolazzo Dom Jul 19, 2015 5:14 pm

Pietro Bertolazzo
Mensagens : 80

Data de inscrição : 11/07/2015

Special Someone
Dei risada ao ouvir a resposta da garota. Ela me perguntou o que eu estava fazendo ali e bem... eu não sabia o que responder. Afinal, o que eu estava fazendo sozinho ali, com um braço quebrado, olhando a piscina vazia?

-Meu quarto pareceu desconfortável essa manhã. - Expliquei - Acho que vim pra cá porque queria pensar na minha vida. Para me distrair um pouco da dor também.

Arrumei o meu braço na tipoia, como se eu sinalizasse que o que me incomodava era o meu hematoma. Mas acho que a minha dor mesmo estava na minha mente, no meu coração. Ser mal-falado por uma garota irrelevante como a Mean Girl não era o problema, mas ter que me afastar dos meus amigos que adoram superproteger suas respectivas reputações, sim. Por sorte, eu tinha a Hillary.

Olhei para a ruiva, sorrindo fraco. Arrumei a posição do meu corpo nas arquibancadas, sentando-me um pouco curvado para a frente.

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Hillary W. Schartter

Mensagem por Hillary W. Schartter Dom Jul 19, 2015 5:31 pm

Hillary W. Schartter
Mensagens : 9

Data de inscrição : 17/07/2015




Where are u now?


Where are you now that I need ya?
Seu sorriso era tão contagiante que fazia a ruiva sorrir involuntariamente. Era engraçado como Hillary se sentia ao lado dele, tão segura. Sentia-se ela mesma, não precisava de máscaras e nem mudanças de personalidade. Com ele não existia isso e este era um dos principais motivos da menina adorar tanto a companhia de Pietro.
- Ah sim, entendo... – Ficou um pouco em silêncio, mas logo prosseguiu. – Eu na verdade fiquei com medo de ficar sozinha no quarto, e agora vai ser pior ainda depois do susto que levei. – Revirou os olhos, relaxando os ombros e apoiando-se na parede atrás da arquibancada.
Observou atentamente o braço do garoto e atreveu-se a tocar o material que o envolvia delicadamente. Seu rosto admitia uma expressão de dor só por imaginar o que ele estava sentindo.
- Mas e ai, como anda esse braço? Melhorou um pouco desde o ocorrido? – Perguntou, preocupada e atenta, olhando nos olhos dele.
(c)

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Pietro Bertolazzo

Mensagem por Pietro Bertolazzo Seg Jul 20, 2015 10:45 am

Pietro Bertolazzo
Mensagens : 80

Data de inscrição : 11/07/2015

Special Someone
Ouvi a resposta da garota ainda sem conseguir desfazer o meu sorriso, mas ao ouvir a história dela de que havia tomado um susto, acabei por assumir uma expressão mais séria e preocupada. Digamos que eu tenha uma série de fatos em minha história de vida que façam com que eu odeie sustos.

-O que te assustou, ruivinha? - Perguntei, carinhosamente preocupado. - Nesse estado, eu acho que eu não poderia fazer muitas coisa caso um monstro aparecesse, mas... eu posso te fazer companhia.

Dei risada, baixinho, como se fosse para acalmá-la. Depois, ela tocou meu braço e me perguntou se eu estava melhorando. Eu geralmente tinha o reflexo de me afastar quando as pessoas tentavam tocar a tipoia ou os curativos. Mas eu confiava em Hillary e sabia que ela não faria mal nenhum a mim ou à minha ferida.

-Está melhorando, eu acho. Não dói tanto quanto nos primeiros dias. - Respondi, depois voltei a encarar a piscina por alguns instantes. Dei uma risada baixa, como se me lembrasse de alguma piada. - Não acredito que caí de um palco antes de me tornar um cantor famoso.

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Hillary W. Schartter

Mensagem por Hillary W. Schartter Seg Jul 20, 2015 3:50 pm

Hillary W. Schartter
Mensagens : 9

Data de inscrição : 17/07/2015




Where are u now?


Where are you now that I need ya?
Revirou os olhos só por lembrar o que a assustara. Suspirou e tombou a cabeça para trás, encostando as madeixas ruivas na superfície rígida e gélida. Sorriu para ele discretamente e piscou algumas vezes antes de começar a contar sua mais nova peripécia:
- Lá estava eu. Uma menina um tanto quanto desajeitada e medrosa caminhando solitariamente pelos corredores da academia. Os alunos pareciam ter sumido, pois o caminho era livre de qualquer murmúrio. Foi ai que... – A ruiva ficou de pé e desceu dois degraus da arquibancada pulando, ficando em frente ao garoto e encenando para ele como ocorrera a cena.  – Um misterioso barulho de objetos caindo ao chão pairou pelo ar, amedrontando e assustando a menina de cabelos alaranjados. – Imitou sua expressão facial de quando levara o susto e sorriu. – E então, saiu correndo feito uma louca até que chegou aqui. – Subiu os degraus e apoiou-se nos joelhos do garoto, rindo. – E fim!
Calou-se para escutar as palavras do menino e sorriu ao saber que o braço do mesmo não doía tanto quanto antes.  Logo, não pode conter a risada divertida que deixara escapar devido ao último comentário de Pietro.
- Ah, mas não se preocupe. Quando você for famoso poderá contar essa história para todos. – Sorriu de canto e deu uma piscadinha para ele, jogando os cabelos de lado. – Tenho certeza de que a mídia vai adorar. – Ficou novamente de pé e olhou para cima, erguendo seu braço e fazendo de conta que lia uma placa. – Pietro Bertolazzo, o famoso cantor da Weston Academy afirma ter caído de um palco antes da fama. – Deu risada e sentou-se ao lado dele, batendo palminhas.
(c)

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Pietro Bertolazzo

Mensagem por Pietro Bertolazzo Seg Jul 20, 2015 9:30 pm

Pietro Bertolazzo
Mensagens : 80

Data de inscrição : 11/07/2015

Special Someone
Como uma boa aluna de teatro, Hillary me explicou o que havia acontecido com ela como se fosse um monólogo. Só faltou uma canção autoexplicativa para completar o ato. Eu adorava ver que a nossa voz ecoava no local, estávamos sozinhos e provavelmente a vadia "morta" nos espionava, mas e daí?

Quando ela voltou ao seu local de origem, respondi.

-Eu achei que era algo mais grave. - Falei, dando risada. - Mas ao menos o seu destino final foi aqui. Do lado de um inválido perseguido por um fantasma.

A ruiva era sempre alegre e tagarela quando estava comigo, mas eu adorava ficar calado enquanto ela me contava tudo o que acontecia com ela. Às vezes, ela fazia mais comentários adicionais que o necessário ou repetia a mesma história, mas eu ouvia a tudo atentamente. Não foi diferente depois da minha piadinha idiota, mas ela pareceu gostar.

-Seria engraçado... - Falei, encarando o nada. Após, voltei o olhar para a garota. - Mas apesar de ser um pouco convencido e narcisista, não consigo me imaginar como uma celebridade.

Eu tinha muito talento, mas eu realmente tenho um bloqueio mental ao tentar me imaginar cantando como os cantores dos quais sou fã. Eu mal havia aguentado um show de talentos sem quebrar o braço, imagine o que eu faria com fama e fortuna? Não, absolutamente não. Suspirei e olhei para a garota, esperando que ela dissesse qualquer coisa que não fosse relacionada àquilo.
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Hillary W. Schartter

Mensagem por Hillary W. Schartter Ter Jul 21, 2015 2:22 pm

Hillary W. Schartter
Mensagens : 9

Data de inscrição : 17/07/2015




Where are u now?


Where are you now that I need ya?
Sua face tomara uma expressão incrédula assim que Pietro afirmara que o tal susto não fora tão grave. Hillary cruzou os braços e fez bico, emburrada. Os fios ruivos balançaram-se junto a sua cabeça negativamente.
- Mais do que isso? – Perguntou, revirando os olhos. – Só se aquela defunta louca aparecesse me levasse embora com ela. – Deu risada e logo desmanchou o bico e descruzou os braços, sorrindo para o rapaz. – Mesmo que eu tivesse a oportunidade, eu não gostaria de estar em qualquer outro lugar. – Apertou as bochechas de Pietro e sorrindo, disse com uma voz fofa. – Prefiro estar aqui com esse inválido perseguido por um fantasma. – Soltou as bochechas alheias e deu risada, suspirando logo em seguida. – E também o único que me entende. – Murmurou.
Hillary logo percebeu que seu acompanhante não se sentia muito à vontade falando sobre fama ou sucesso. Repreendeu a si mesma por ter feito o tal comentário sobre o assunto e pressionou os lábios, um pouco nervosa. Pensou em algo para falar, porém nada interessante vinha a sua mente. Deu de ombros e rezou para que Pietro não se incomodasse com a sua próxima pergunta, meio receosa, começou a falar:
- Mas me diz... Como anda o coraçãozinho? – Perguntou sorrindo discretamente e o olhando, um tanto curiosa.
(c)

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Pietro Bertolazzo

Mensagem por Pietro Bertolazzo Qua Jul 22, 2015 11:54 am

Pietro Bertolazzo
Mensagens : 80

Data de inscrição : 11/07/2015

Special Someone
Às vezes me faltam as palavras para descrever o quanto Hillary pode ser perfeita. Ela não apenas ignora a Mean Girl, como também se importa comigo. Eu me emociono fácil, por isso assim que eu ouvi que ela preferia estar comigo a estar com qualquer outro, eu senti meu rosto esquentar e provavelmente eu estava ficando vermelho. Eu não podia compreender o porquê de Hillary achar que eu era o único que a entendia. Ela tinha tudo pra fazer muitos amigos, mas ela escolheu apenas a mim.


Depois de alguns minutos de silêncio quase constrangedor, a ruiva quebrou o silêncio com aquela típica pergunta: "como anda o coração?". A verdade é que eu nem sabia como andava meu coração... tinha tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que eu mal tinha tempo pra sofrer por amor. Naquele mesmo instante, eu tive um choque de realidade. Eu amava uma única pessoa, e essa pessoa era a própria Hillary. Eu só nunca quis admitir pra mim mesmo que eu havia caído nas graças de uma garota, mas era verdade. Eu estava perdidamente apaixonado pela moça ao meu lado.

-E-eu... - Limpei a garganta, depois de gaguejar. - Eu não sei... - Suspirei - Meu coração anda tão bagunçado que às vezes eu só queria alguém pra colocá-lo em ordem.

Não era exatamente a minha melhor frase, mas pelo menos eu não estava mentindo. Mordi o lábio inferior, um pouco nervoso e voltei a encarar meu braço na tipoia, como se aquilo fosse meu maior problema no momento.

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Hillary W. Schartter

Mensagem por Hillary W. Schartter Qua Jul 22, 2015 8:36 pm

Hillary W. Schartter
Mensagens : 9

Data de inscrição : 17/07/2015




Where are u now?


Where are you now that I need ya?
“Você está traindo a confiança de seu namorado, Hillary!” Sua consciência dizia, brava. Era incrível como as pessoas se apaixonavam de formas estranhas, sem sentido nenhum. Na verdade, a paixão é isso: um sentimento que vem, te invade e não te solta mais.
A ruiva estava confusa. Diversos pensamentos rodeavam a sua mente, pensamentos estes que eram contrários e travavam uma guerra entre a razão e o sentimento.
Seu coração sabia que o que a menina sentia por Pietro não era somente amizade ou amor de irmã. Era muito mais que isso, muito mais intenso, muito mais avassalador. Era paixão, era amor.
“Mas e o seu namorado?” Essa era uma pergunta que nem mesmo ela saberia responder, afinal, nunca o vira. Nunca poderá tocá-lo ou sequer beijá-lo, e ali, ao seu lado estava um garoto que preenchera toda a saudade que a menina sentia. Todo o vazio, toda falta de amor e compreensão fora levada embora assim que Pietro chegou.  
Sem criar muitas expectativas, continuou a prestar atenção em sua companhia, escutando atentamente as palavras dele e analisando cada traço de seu rosto enquanto o observava. Mal podia perceber o sorriso bobo que deixava à mostra toda vez que o olhava
Hillary suspirou assim que a voz alheia fora cessada e desviou o olhar para os seus próprios pés, fitando-os enquanto os balançava por nervosismo. Engoliu em seco e pressionou os lábios, escolhendo suas melhores palavras.
- É, eu imagino como deve ser isso. – Disse baixinho, meio sem jeito e após um tempo em silêncio prosseguiu. – Sabe, às vezes a pessoa certa entra em nossas vidas na hora errada. E na hora em que menos esperamos. – Olhou para ele e percebeu que o mesmo examinava seu braço machucado. Abafou uma risada ao ver a cena. – Basta você parar e ver as coisas de outro modo, tenho certeza que irá encontrar o que procura. – Sorriu para ele e desviou o olhar.
Abaixou a cabeça um pouco envergonhada e continuou a balançar seus pés devido a ansiedade. Naquele momento, havia se esquecido de tudo e, o que realmente importava era somente o seu presente, aquele instante.
(c)

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Pietro Bertolazzo

Mensagem por Pietro Bertolazzo Qua Jul 22, 2015 9:00 pm

Pietro Bertolazzo
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Data de inscrição : 11/07/2015

Special Someone
Pude perceber de longe o nervosismo da garota ao tocar naquele assunto. Me perguntei se eu também havia deixado tão na cara que algo havia me incomodado. Aliás, eu não diria que me incomodou, porque aquilo era algo que Hillary não conseguiria fazer, mesmo que quisesse. Digamos que aquilo me tocou e abriu meus olhos para uma parte da minha mente e do meu coração que eu sempre preferi ignorar. Mas agora que eu a havia visto, não importava, eu teria que preencher aquele vazio com o amor de alguém, ou melhor, com o amor dela.

-É... - Eu decidi que não teria medo, eu precisava fazer aquilo. - Dizem por aí que às vezes a pessoa certa está do nosso lado, e a gente nem percebe.

Ok, a bomba estava jogada. Ela podia atingir a ruiva e matá-la de amor por mim ou poderia causar uma tragédia grega (literalmente) bem ali nas arquibancadas da piscina. Particularmente, eu estava torcendo bastante pela primeira opção e esperava que ela fosse boa em captar indiretas. Decidi que não disfarçaria nada naquele momento, eu apenas tentei olhar nos olhos dela o maior tempo possível... e esperar uma reação positiva.

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Hillary W. Schartter

Mensagem por Hillary W. Schartter Qua Jul 22, 2015 10:20 pm

Hillary W. Schartter
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Data de inscrição : 17/07/2015




Where are u now?


Where are you now that I need ya?
Sentiu seu coração acelerar, iniciado uma sequência de batimentos mais rápidos e desregulados. Perguntava-se se o que Pietro havia dito era apenas uma expressão ou uma indireta.
No fundo, a ruiva torcia para que sua interpretação estivesse correta e, para que o menino realmente estivesse sentindo o mesmo que ela sentia. Toda aquela necessidade de estar perto, aquela falta de jeito, o nervosismo e até os batimentos acelerados.
“Será mesmo que ele está apaixonado por mim?” Perguntava a si mesma, esperando não estar errada em suas conclusões.
Hillary decidiu que não iria fazer joguinho ou tentar esconder o que sentia. Esquecia-se totalmente de seu namorado imaginário para dar uma chance a um real, que estaria ali sempre.
Suspirou e ao erguer seu rosto percebeu que ele a fitava. Imediatamente seus olhares se encontraram e uma sensação estranha brotava no interior do estômago da ruiva. “Talvez essas sejam as famosas borboletas no estômago.” Riu consigo mesma e manteve o olhar fico nos olhos dele.
- Pois é... – Sua voz era falha. Tossiu brevemente e prosseguiu. – Eu percebi isso hoje. – Seu olhar parecia conversar com o de Pietro. Ela sorriu e prosseguiu. – A pessoa certa sempre esteve do meu lado, desde que cheguei aqui e só agora pude perceber.
As palmas de suas mãos se umedeceram de nervosismo e ansiedade. Seus olhos estavam hipnotizados, vidrados nos de Pietro. Mesmo que quisesse, parecia impossível desviar o olhar e isso a deixara apreensiva.  “Espero ter feito a coisa certa.”
(c)

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Pietro Bertolazzo

Mensagem por Pietro Bertolazzo Qui Jul 23, 2015 6:43 pm

Pietro Bertolazzo
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Data de inscrição : 11/07/2015

Special Someone
Os olhos verdes de Hillary fixos nos meus me deixaram numa espécie de transe. Eu não conseguia mais falar e nem tinha mais consciência do que estava ao meu redor. Parecia que ali só havia uma garota e um garoto apaixonados um pelo outro... e de certa forma aquilo era verdade.

Hillary estava perto de mim, mas não perto o suficiente. Engoli em seco e sorri para ela, foi um riso envergonhado e pensei em desviar o olhar, mas não... eu não faria aquilo. De repente, eu vi que eu não conseguia mais parar de sorrir bobamente para a ruiva. Ela devia estar achando que eu era algum tipo de idiota (mais do que ela já achava). Usei o meu braço bom para segurar a mão da garota mais próxima a mim.

Lentamente, eu fui aproximando meu rosto ao dela. Eu não podia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo. No momento que nossos lábios se tocaram, eu senti que o mundo inteiro acabava de explodir dentro de mim. Meu coração estava disparado, minhas mãos suavam, meu... enfim, fui invadido por uma onda de euforia interna. Vendo que Hillary não protestou contra o que eu acabara de fazer, tomei firmeza naquele gesto. Foi um beijo simples, mas era apenas o primeiro, de muitos que eu pretendia dar.
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Hillary W. Schartter

Mensagem por Hillary W. Schartter Dom Jul 26, 2015 5:48 pm

Hillary W. Schartter
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Data de inscrição : 17/07/2015




Where are u now?


Where are you now that I need ya?
Era incrível como um gesto tão simples poderia dizer tanto. O seu sorriso era o mais lindo que a ruiva já vira em toda a sua vida. O mais encantador, o mais contagiante. Capaz de provocar arrepios e sorrisos bobos facilmente.
Sua pele fora tocada pela palma da mão alheia. Somente aquele simples toque pode fazer o coração de Hillary acelerar de uma forma jamais vista, fazendo-a sentir como se a qualquer momento aquele órgão pudesse atravessar seu peito devido a tantas emoções.
Estática, a menina percebia a aproximação sutil de seus rostos. Podia sentir suas respirações se cruzarem e observar atentamente os lábios alheios.
Os olhos da jovem encontravam-se desnorteados, confusos com a grande dúvida de examinar os lábios ou os olhos do rapaz. Cansados, fecharam-se em um momento inesperado onde todo o corpo da menina fora atingido por um arrepio.
Seus lábios eram tocados pelos dele delicadamente. O coração sofria uma parada indescritível, porém, longe de lhe causar a morte. Pelo contrário, lhe causava sensações adoráveis, uma febre interna que nunca sentira em toda a sua vida.
Nervosa por não saber o que fazer, Hillary lembrou dos filmes de romance que vira, de como as mulheres reagiam em meio a um beijo. Imediatamente, levou a mão que não era tocada até o rosto de Pietro. De forma meiga e carinhosa tocou sua bochecha, deslizando os seus dedos por sua pele.
Rezava para que estivesse fazendo aquilo de forma correta, afinal, aquele fora o seu primeiro beijo e seria inesquecível. Imaginava quantas vezes Pietro teria feito aquilo e, com quantas. Aos poucos era tomada pela insegurança e, antes que esta pudesse estragar tudo, a ruiva eliminou-a de seu pensamento, lembrando-se do tamanho infinito da paixão que sentia por aquele que a beijava, pelo seu primeiro amor real.
(c)

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Pietro Bertolazzo

Mensagem por Pietro Bertolazzo Dom Jul 26, 2015 7:32 pm

Pietro Bertolazzo
Mensagens : 80

Data de inscrição : 11/07/2015

Special Someone
Não havia necessidade de me assustar ou ficar mais agitado do que eu já estava. Hillary havia aceitado o meu beijo e eu pude perceber isto quando senti a pele macia das mãos dela tocarem o meu rosto. Nunca pensei que eu beijaria uma garota como ela naquele estado... sem um dos braços, sentado na arquibancada da piscina. Aquele era o melhor dia da minha vida e ele só estava começando.

Assim que o beijo terminou, nossos olhos se abriram de novo e nos encaramos. Eu só conseguia sorrir e eu sabia que ela também. Lhe beijei de novo, mas dessa vez de modo rápido. Notei que alguns alunos intrometidos entravam na região da piscina. Levantei-me e dei a minha mão boa para ela.

-Vem, a gente tem história pra fazer. - Convidei, sorrindo.

Então nós saímos dali, em direção a um lugar mais reservado. Um lugar onde meu amor pudesse ser exposto em sua forma mais pura.

[FIM DOS TURNOS]
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Thomas B. Eckhart

Mensagem por Thomas B. Eckhart Qui Jul 30, 2015 12:07 am

Thomas B. Eckhart
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Data de inscrição : 26/07/2015



I wish a great surprise!


A vida de estudante não é tão fácil como todos pensam. Quer dizer, ao menos quando se estuda na Weston Academy, ser estudante é a maior maldição que um ser humano poderia receber. Ser aluno deste instituto significa que a partir do dia da sua matrícula, você irá passar o resto do ano trancado em um quarto, finalizando trabalhos e redações. À níveis radicais, você vai ter tanto trabalho que vai acabar desenvolvendo tendências suicidas e tirando de si a própria vida tragicamente.

Tudo isso, é claro, se você não for Thomas Eckhart, o dedicado aluno da Egyptian que aprendeu a organizar o tempo de trabalho e diversão durante sua conturbada infância na capital da Inglaterra, o país da pontualidade e da formalidade. Desde pequeno, quando morava nas terras da Rainha, eu aprendi com meus professores e com alguns criados da mansão, a organizar o meu tempo. Desta forma, eu nunca deixava nada de última hora e também jamais me faltava tempo para diversão.

Numa tarde ensolarada de sábado, enquanto muitos alunos corriam para finalizar suas listas de exercícios, eu escolhia uma roupa adequada para praticar natação na piscina do colégio. O dia estava quente e propício para me divertir um pouco na água, mesmo que ninguém quisesse ou pudesse me fazer companhia. Tudo bem, eu estava acostumado a fazer tudo na mais pura solidão... eu não tinha muitos amigos e eu não conversava com ninguém, a menos que a pessoa puxasse assunto. Eu não diria que é timidez, mas apenas o meu jeito calmo e silencioso... e por que não, misterioso?

Vesti uma camiseta branca bem fina, um shorts de tactel preto e no lugar da minha cueca, coloquei uma sunga vermelha. Afinal, se acontecesse algum acidente, seria bem desagradável eu sair por aí com uma boxer branca molhada, mostrando o que não deveria. Calcei chinelos de dedo e coloquei meus óculos escuros ray-ban, no estilo aviador. Eu parecia um típico turista americano num país tropical, tipo... sei lá, o Brasil. Só que eu era um turista inglês num país mórbido como os Estados Unidos. Ligeira diferença.

Sem pressa, saí de meu quarto na sede da ordem dos Egyptians e fui caminhando até a piscina, com meu celular em mãos. Fui assistindo a um vídeo de comédia e dando risada sozinho. Minha distração no YouTube terminou assim que cheguei à piscina. Ela estava quase vazia, por exceção de alguns garotos que competiam entre si do lado oposto ao meu. Me arrependi de ter saído do meu quarto e ter ido para lá, mas algo me disse que eu deveria ficar.

Guardei meu celular num guarda-volumes, retirei meus chinelos e sentei-me à beira da piscina, mergulhando meus pés na água fria. O grupo de garotos pareceu não se incomodar com minha presença, o que era bom. Fiquei ali, perdido em pensamentos, com a sensação boa de que eu receberia uma surpresa muito agradável em breve.

valeu @ carol!

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Avalon M. Vygotsky

Mensagem por Avalon M. Vygotsky Qui Jul 30, 2015 4:55 pm

Avalon M. Vygotsky
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“O medo é sempre maior do que a ameaça em si. Será?”


  Era o meu primeiro fim de semana na Weston Academy. Por si só, este fato seria o bastante para assustar qualquer calouro do Ensino Médio. No meu caso, no entanto, as coisas assumiam dimensões dantescas, porque a situação era simplesmente fora do normal. E por diversas razões. Primeiro, eu crescera numa mansão de Nova York, tendo aulas com tutores contratados para me instruírem em todas as matérias comuns, resultando num hábito conciso de estudar ao menos oito horas por dia, contando as aulas e tarefas extras. Além disso, aos treze anos descobri que era portador da narcolepsia, ou doença do sono. O que se tornou um pesadelo, limitando-me a ter constante cuidado até com as tarefas mais simples. Até descer escadas era um problema no começo, pois eu simplesmente apagava, sem controlar a ocorrência de minhas crises.

    Com o tempo, as coisas ficaram melhores. Alimentação equilibrada, exercícios e dois comprimidos de suplemento energético por dia (guaraná e cafeína), foram o bastante para que eu me habituasse com a situação. É claro que eu ainda cochilava em momentos inoportunos, mas agora podia sentir quando as crises estavam começando, o que me dava tempo o bastante para interromper qualquer coisa que estivesse fazendo, e encontrar um cantinho confortável para dormir. Com esta dinâmica, assumi que era capaz de ter uma vida normal, e aquela Academia não era outra coisa, senão uma chance de fazer aquilo. Ainda que meus pais tivessem me enviado para a Weston apenas para se livrarem de minha presença, separando-me de minha irmã, em nenhum outro lugar eu teria tamanha liberdade. Para ser sincero, considerei aquela punição mais um presente do que qualquer outra coisa. Depois de quinze anos, eu estava em uma escola normal. Era tão maravilhoso ver tanta gente depois de uma infância de sobriedade e reclusão, que eu simplesmente não conseguia parar de sorrir, sem motivos. Um sentimento bom me animava naquela manhã de sábado ensolarada. Como se eu devesse estar feliz, ainda que não soubesse o pretexto.

    Determinado a começar aquela manhã produzindo uma dose extra de endorfina e serotonina (dois hormônios simplesmente maravilhosos para o meu cérebro disfuncional), só restava-me decidir qual exercício fazer. Não me entendam mal, eu tinha plena consciência de que era um sacrifício necessário manter atividades físicas regularmente, mas o "x" da questão era que eu simplesmente odiava. Ponto. Um simples olhar para o meu corpo magricelo, definido apenas por obrigação e necessidade, seria o bastante para deixar claro o patamar de minha relação com os esportes. No entanto, num dia quente como aquele, havia uma forma de aliar minha necessidade, com diversão. A piscina da escola. Claro que deveria estar cheia de gente, mas eu não tinha escolha. Era me movimentar, ou passar o dia dormindo. Ignorando o calafrio que a expectativa de ver tanta gente me provocou, comecei a me despir e a escolher bem minhas roupas. Vestindo uma sunga roxa bem escura, quase ri do contraste do tecido com minha pele pálida. Eu definitivamente precisava pegar sol. Por cima, vesti uma camiseta branca, bem solta. Uma bermuda jeans e um chinelo de alças azuis depois, e eu estava pronto. Caminhando com um pouco de hesitação, ajeitei meus óculos de natação, regulando-os para o meu rosto. Parei ao lado de um dos mapas da Weston, espalhados pelos corredores para alunos perdidos como eu. Rapidamente encontrei o lugar correto, fora do prédio principal e não muito distante da Sede das Ordens. Como não tinha nenhum amigo naquele lugar ainda, tratei de me mover depressa e sem chamar a atenção.

    A sensação do sol na sua pele pode ser bem aconchegante, o que me surpreendeu. Nunca havia pensado que seria fã de temperaturas mais elevadas, mas estava amando aquilo tudo. Já eram quase nove da manhã, e não havia nem sinal das minhas crises de sono. Era um paraíso. Um paraíso rapidamente promovido a purgatório, quando vi os garotos na piscina. Óbvio que eu não era o único a ter aquela ideia. Ainda mais num dia quente. Esfregando uma das mãos no rosto, tomei fôlego e passei pela porta ao lado da arquibancada. Haviam umas três meninas sentadas ali, debruçadas sobre os celulares e dando risinhos nervosos. Revirei os olhos, lembrando que meu próprio celular ficara em casa, em Nova York. Droga. Como eu daria um jeito de falar com Alaska? Minha irmã iria me matar. Pelo menos, como tinha seu número memorizado, quando comprasse um aparelho novo eu poderia ligar para ela. Caminhando um tanto inseguro ao redor da enorme piscina, avistei um menino sentado na borda. Ele tinha os pés dentro da água e parecia muito relaxado. Ele era muito lindo, o que simplesmente me intimidou ao máximo. Incerto sobre o que fazer (principalmente porque todos ali me veriam de sunga), eu corri para o vestiário.

   Guardei minhas roupas num dos armários, e entreguei a chave para o velhinho que tomava conta dos nossos pertences, recebendo uma toalha branca enorme com as siglas da Weston Academy. Esfreguei o pano felpudo no rosto, enquanto caminhava na direção da piscina. Tentando ignorar todo o resto, pendurei a toalha em uma das cadeiras de sol próximas da piscina, e tirei os chinelos. Passando ao lado do rapaz sentado na borda da piscina, caminhei um pouco mais até um dos pódios de mergulho. Flexionei as costas e os braços, pois fazia certo tempo que não nadava. Depois de aquecer as pernas, coloquei meus óculos de natação e mergulhei, perfurando a água num mergulho perfeito, bem na minha raia. Com o impulso, alcancei o outro lado da piscina em menos de cinco minutos, o que era ótimo para alguém tão ruim quanto eu. Na volta, eu estava ainda mais animado. Acabei me desviando da linha reta, aproveitando a sensação de gravidade reduzida pela água. Agarrei-me a uma borda e subi de volta para a superfície. Meu sorriso congelou ao notar que eu saíra bem ao lado do rapaz, e havia espirrado água nele inteiro. Deus. Pude sentir a cor sumir do meu rosto, apenas para torná-lo totalmente vermelho, depois. Eu não sabia onde enfiar a cara. Queria transfigurar-me em um avestruz, e enfiar a cabeça na areia.

- Oh céus... Me desculpe! – Pedi, sentindo-me totalmente desesperado. – De verdade, não foi minha intenção. Ahn... Você deve estar querendo me matar agora, né?  - Cocei a cabeça, respirando mais rápido. – Juro que não foi de propósito! Droga, eu sou tão idiota...

     Um silêncio mortal me dominou enquanto eu abraçava meus joelhos e fitava o outro lado da piscina. Meu olha foi cativado pelo teto de vidro, e como o sol parecia ter várias cores ao ser refletido ali. Qualquer coisa para sair daquela situação embaraçosa. Eu só esperava que aquele garoto não fosse tão agressivo, quanto era bonito. Ou eu estaria numa séria enrascada. Mesmo minhas pernas não me obedeciam, ou eu já teria fugido dali. E assim, meus amigos, é como se estraga uma linda manhã de sábado... Sendo eu.



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Thomas B. Eckhart

Mensagem por Thomas B. Eckhart Qui Jul 30, 2015 7:27 pm

Thomas B. Eckhart
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Oh, somebody loves you...
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Eu jurava que estava sozinho ali naquele canto. Eu estava extremamente ocupado com a minuciosa tarefa de lembrar o refrão de uma música do Cherub. Eu sabia que tinha algo a ver com ser um otário e se ajoelhar para alguém... mas o ritmo não me vinha à cabeça. Muito distraído, não notei que alguém se aproximou. Só reparei na chegada de uma pessoa nova ao ouvir um barulho de alguém pulando na água. Achei que era um dos garotos do outro lado e ignorei aquilo.

De repente, vi que alguém subia à superfície numa raia próxima a mim. Mas a pessoa com certeza não tinha a mínima noção de onde estava indo, porque ela estava passando por baixo das divisórias, vindo em minha direção. Percebi que era um garoto, porque trajava uma sunga roxa. Antes que eu pudesse me dar conta, o rapaz finalmente emergiu e bateu os braços a poucos metros de onde meus pés estavam. Água voou por todos os lados, principalmente no pobre Thomas que só queria lembrar o refrão de uma música.

Coloquei o braço direito por cima dos meus óculos, até sentir que a água havia parado de espirrar. Quando finalmente dei a mim minha visão de volta, o rapaz estava se apoiando na beira da piscina. Tirei o meu ray-ban e tentei o secar na minha camisa, mas foi inútil, já que esta também estava encharcada.

Descolei a roupa de meu tronco e olhei para o garoto, com uma expressão que poderia significar qualquer coisa. Só então parei para reparar no quanto ele era bonitinho. Pra falar a verdade, eu não havia conhecido ninguém com uma aparência tão bonita quanto a dele. Era uma beleza diferente, e não estereotipada como a maioria dos garotos da Weston. Simpatizei com ele, logo que ele começou a se desculpar de diversas formas.

Eu não era um cara malvado e nem competitivo. Mas a julgar pelo rosto vermelho do rapaz e pela seu tom de voz totalmente envergonhado, estava na cara que eu podia fazer qualquer coisa sem me dar mal no final. Havia uma lista de reações possíveis às desculpas do garoto:

a) Sorrir simpaticamente e falar "tudo bem, foi um acidente" e sair de perto dele.

b) Começar a fazer um escândalo e gritar "você acabou com minha camisa de grife, eu te odeio!"

c) Fingir que eu era macho e falar "é melhor sair correndo, senão te quebro na porrada."

Bem, não escolhi nenhuma dessas três. Eu decidi que tentaria ser uma pessoa sociável e não um cara quieto. Precisei acalmá-lo, para que não se desesperasse. Notei que aquele rapaz provavelmente não pertencia à minha ordem. Ainda bem que eu não tenho estas babaquices de competitividade entre fraternidades.

-Tudo bem. - Falei, dando meu melhor sorriso. - Essas coisas acontecem. Eu também sou retardado e faço coisas até piores. - Dei uma risada baixa e coloquei o óculos de lado, encarando o garoto e analisando suas reações e expressões.


Thanks Tiago © 2013



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Avalon M. Vygotsky

Mensagem por Avalon M. Vygotsky Qui Jul 30, 2015 8:04 pm

Avalon M. Vygotsky
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“As pessoas não deviam olhar para as outras daquele modo. Olhares sexys deviam ser considerados um crime no estado da Pensilvânia. Não é?”

Eu precisava dizer alguma coisa antes que aquilo ficasse mais esquisito. Acontece que eu estava completamente mesmerizado por aquele sorriso terrorista. As pessoas podiam mesmo fazer aquilo em público? E ele estava sendo gentil, apesar de não ser da minha Ordem. Aquilo é que era sorte. Como eu, ele também não parecia se importar com a competitividade entre as fraternidades. Mesmo assim, ficar encarando uma pessoa por tempo demais seria sempre considerado creepy. Tentando recuperar a compostura, mordi os lábios e arranquei os óculos de mergulho, deixando-os de lado. Ele também retirou os óculos escuros, e acabei reparando demais nos olhos dele. Sorrindo meio sem jeito, tentava encontrar algo que fizesse sentido, para dizer.

- Bem, muito obrigado por não surtar. – Agradeci, sorrindo de verdade. – Na verdade, você é a primeira pessoa desse lugar com quem estou iniciando uma conversa de verdade, e veja como ela começou. Fazer amigos não é bem o meu forte... – Encarei minhas mãos por alguns segundos, bem ciente de que estava só de sunga na frente de um gato daqueles. Nada pior podia ter me acontecido! – De qualquer forma, sinto muito por essa bagunça. Meu nome é Avalon Vygotsky. Como o sobrenome é difícil, pode usar só o primeiro mesmo. – Virando-me de frente para ele, senti meus olhos arderem um pouco. Devia ser a narcolepsia, que sempre se fazia notar quando eu ficava nervoso. Esfreguei os olhos de leve, rindo comigo mesmo. Estendi minha mão fria para ele, tentando iniciar um cumprimento. Controlando meus dedos para que não tremessem, pensei que devia estar fazendo um bom trabalho. Mas eu estava muito encabulado, minha nossa!

Atento às reações daquele garoto, respirei fundo e senti boa parte daquele nervosismo indo embora. No fim, eu estava bem e aquele potencial desastre havia sido contornado. Por sorte aquele menino não era um mimadinho superficial, apesar de suas roupas serem obviamente de grife. Mas ele não era tão inseguro quanto eu, também. Se aquilo tivesse ocorrido comigo, seria bem capaz de eu ficar quieto e sair de fininho, para evitar um confronto. Era a história da minha vida. Bem, ele não precisava notar isso. Então, para o bem da minha vida social praticamente inexistente, forcei um sorriso que acabou saindo meio acanhado, mas era melhor que nada. No máximo, ele perceberia que sou estranho e iria embora. O que também não seria novidade alguma...




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Como se fosse um livro, Wicked Academy terá cada capitulo com tramas inspiradas em diversas séries. E atualmente no nosso Capitulo Dois temos como inspiração a famosa série do Netflix, Stranger Things. Como faremos a ligação entre esses capítulos? Descubra entrando no nosso RPG.

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